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9. CATÁLOGO DE ESPÉCIES

9.1. ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO


9.1.1. Escopo

A lista de espécies deste catálogo está organizada em ordem alfabética, por nome científico. Como não se trata de um trabalho acadêmico, não foram incluídas sinonímias, porém foram incluídos mais de um nome popular para cada espécie, quando conhecido. As espécies estão divididas em três grupos:


(1) um grupo para as espécies nativas no RS;
(2) um grupo para as espécies exóticas ao RS não-invasoras;
(3) um grupo para conhecimento das espécies exóticas invasoras.


Obviamente as espécies listadas no grupo 3 NÃO devem ser plantadas.


Entre as exóticas para o RS (grupo 2) existem árvores nativas brasileiras, isto é, nativas de outros estados brasileiros, e árvores exóticas para o Brasil na mesma seleção.


Tomou-se o cuidado de selecionar espécies adequadas para a arborização urbana, seja para o plantio em vias públicas, como também em parques, calçadas e estacionamentos. Considerou-se ainda o estado de conservação das espécies selecionando-se algumas que se encontram ameaçadas. As indicações de uso mais adequado estão no aba Recomendações do perfil de cada espécie.


9.1.2. Perfil de cada espécie

O perfil de cada espécie inicia pelo nome científico seguido da família botânica a que pertence a espécie. Abaixo deste nome consta uma tabelinha com três ícones correspondentes às características mais importantes na escolha de uma espécie para o ambiente urbano:


(1) a forma da copa;
(2) o porte médio da árvore adulta, imaginando um indivíduo com mais de 10 anos; e
(3) o hábito sazonal, isto é, se perde ou não as folhas no inverno ou no período de estiagem.


9.1.2.1 Forma geral da copa

Como visto anteriormente na seção sobre a importância do planejamento da arborização urbana, as formas das copas das árvores variam significativamente entre as espécies. Cabe salientar que uma árvore pode ainda variar bastante na forma de sua copa ao longo de sua vida, mesmo sendo da mesma espécie, pois o seu crescimento está diretamente relacionado às condições ambientais, à genética e ao histórico da árvore. As araucárias mais abundantes da região são assim. Começam a vida como coníferas de copa aberta, e na fase adulta se tornam caliciformes relativamente fechadas. No entanto, na fase adulta o biotipo tenderá a ser o mesmo. Para efeitos deste catálogo consideraremos as 11 formas distintas abaixo.


As classificações que aparecem nos perfis das espécies são arbitrárias, e a informação deve ser tomada como tal, já que é impossível alcançar precisão nesse quesito.


Copa arredondada

Copa arredondada

São copas de árvores que naturalmente adquirem uma forma bem distribuída da ramificação, onde a altura e o diâmetro da copa são relativamente iguais. Não confundir com árvores que em virtude da poda frequente adquirem também uma forma arredondada em função do brotamento frequente que busca compensar o dano. Sibipirunas normalmente formam copas assim.


Copa espalhada

Copa espalhada

São copas cujo diâmetro é significativamente maior que a altura, e por isso são ditas espalhadas já que o crescimento horizontal prevalece sobre o vertical. Figueiras gaúchas e flamboyants costumam formar copas espalhadas.


Copa piramidal

Copa piramidal

São copas tipicamente triangulares tendendo para um triângulo com lados iguais, e por isso a base é mais larga que a forma cônica. Alguns pinheiros apresentam esse formato.


Copa oval

Copa oval

São árvores cuja altura da copa é maior que a largura e a ramificação se mantém similar ao longo de sua altura. Diversas espécies de eucaliptos formarão esse tipo de copa.


Copa cônica

Copa cônica

São copas cujo padrão de ramificação deixa a copa num formato triangular de base estreita. Copas de alguns pinheiros ou coníferas são geralmente desse tipo, especialmente os ciprestes.


Copa caliciforme

Copa caliciforme

São copas que formam uma taça, isto é, o topo da copa é mais largo que a base. A espécie mais conhecida que forma esse tipo de copa é a Araucaria angustifolia. Mas essa categoria de forma também inclui aquelas árvores cuja copa parece um leque aberto como na figura acima.


Copa colunar

Copa colunar

Ciprestes colunares e araucárias colunares apresentam esse tipo de copa. Basicamente a árvore é uma "torre" ou um "pilar". A altura da copa é muitas vezes maior do que a largura.


Copa irregular aberta

Copa irregular aberta

Aqui propositalmente misturamos outro fator que é a densidade da copa. Árvores cuja densidade da ramificação é baixa e não apresentam nenhuma forma geométrica distinta são ditas abertas e irregulares. O Salseiro (Salix humboldtiana) é um bom exemplo desse tipo de copa. Figueiras de folha larga também podem apresentam esse tipo de copa dentro da mata.


Copa chorosa

Copa chorosa

Árvores cuja ramificação e folhagem se apresentam caídas como véu. O Chorão (Salix babylonica) é inconfundível para essa forma.


Copa irregular fechada

Copa irregular fechada

Aqui também falamos de copas sem forma geométrica distinta, porém com o padrão de ramificação mais denso. Aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius) e algumas espécies de ciprestes são assim.


Copa palmeira

Copa palmeira

Aqui são classificadas todas as palmeiras (Arecaceae), justamente por apresentarem uma forma arbórea totalmente distinta das demais, ainda que exista substancial variação entre elas.


9.1.2.2 Porte da árvore adulta

Assim como a forma da copa é bastante relativa às condições ambientais, o crescimento de uma árvore tanto em altura como em diâmetro do caule e da copa também dependem das condições ambientais e principalmente de como o manejo tem sido feito. Não obstante, optamos por classificar as espécies recomendadas aqui neste catálogo em três portes básicos exclusivamente de alturas sendo Pequeno (), Médio (), Grande ().


IMPORTANTE

Obviamente uma figueira cuja altura total é inferior a 12 metros mas o diâmetro da copa ultrapassa facilmente 20 metros deve ser tratada como uma árvore de grande porte.


Porte Pequeno

Para fins desse manual, porte pequeno são árvores ou arvoretas com até 6 metros de altura, as quais daremos preferência para o caso de necessitarmos plantar árvores sob a fiação.


Porte Médio

Para fins desse manual, porte médio são árvores com mais de 6 metros e menos de 12 metros de altura as quais ainda são facilmente compatíveis com o plantio em calçadas.


Porte Grande

Para fins desse manual, porte grande são árvores com mais de 12 metros de altura. Há que se ter cautela no planejamento do plantio destas árvores em calçadas, pois a longevidade e o tempo de vida útil de tais projetos será ainda maior. São especialmente recomendadas para o plantio em parques e praças.


9.1.2.3. Ciclo sazonal

As árvores perenifólias estão identificadas por uma folhinha verde ao vento (🍃) e as árvores caducifólias estão representadas por uma folhinha vermelha, tipo folha de plátano da bandeira do Canadá (🍁).


🍃 Perenifólias

Árvores perenifólias também perdem as folhas, mas não há um momento n ciclo de vida em que todas as folhas caem. Sempre haverá sombra nas proximidades destas árvores. Não há uma fase estacional de seu metabolismo, seja pela falta de água ou pelo frio intenso.


🍁 Caducifólias

Árvores caducifólias apresentam uma fase bem distinta em que todas, ou praticamente todas as folhas caem. Estas árvores passam por uma fase do metabolismo que precisam se preparar, seja para a estiagem ou para o frio. A perda de folhas é natural e necessária.


Informações adicionais

O perfil de cada espécie apresenta abas de conteúdo descritivo divididas em tres assuntos: (1) morfologia, (2) ecologia, e (3) recomendações para uso na arborização urbana.


Aspectos morfológicos

A fim de esclarecer melhor a forma geral da árvore e suas especificidades morfológicas (e.g., presença de espinhos), é sempre bom consultar esta aba na escolha da espécie.


Aspectos ecológicos

São apresentadas informações do ambiente ideal para a espécie considerando sua ocorrência natural, seu nicho sucessional e sua fenologia quando conhecidos.


Recomendações

São informadas recomendações de seu uso da espécie na arborização urbana, citando exemplos sempre que conhecidos.


9.1.2.4. Imagens

O perfil de cada espécie termina com a apresentação de imagens que ajudam a conhecê-la como espécie assim como sua utilidade na arborização urbana.


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